O Senado vai analisar nos próximos dias uma medida proposta pelo governo para agilizar a reavaliação de benefícios previdenciários e assistenciais e reduzir o número de pagamentos indevidos. A criação do Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) foi aprovada nessa quinta-feira (7) na Câmara dos Deputados e será enviada para exame dos senadores.
O objetivo do programa é aumentar a capacidade operacional do INSS a partir do trabalho extra de servidores do instituto e do Ministério da Previdência Social que atuam na análise e perícia em processos de revisão dos benefícios. O texto aprovado pelos deputados é um projeto de lei de conversão ( PLV 3/2025 ) originado da Medida Provisória (MP) 1.296/2025 , que criou o programa.
A comissão mista que analisou a MP propôs alterações no texto original, acatadas pela relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN). Ela elaborou então um texto substitutivo que incorporou as emendas apresentadas . Aprovado pela comissão e depois pelo Plenário da Câmara, esse substitutivo deu origem ao projeto de lei de conversão que será agora examinado pelo Senado
Os senadores têm até 12 de agosto para votar a matéria, pois a medida provisória perde efeito depois dessa data.
— A MP responde a uma situação crítica enfrentada por milhões de brasileiros. Há mais de 2 milhões de benefícios represados, com necessidade de reavaliação. Há 2 milhões de brasileiros numa fila — afirmou Zenaide.
O programa tem orçamento previsto de R$ 200 milhões, o que possibilitará pagamento extra a cada processo concluído, no valor de R$ 68 para servidores do INSS; e de R$ 75 para peritos médicos federais. Os servidores precisam aderir ao programa. Foi estabelecido teto de R$ 17.136 para o primeiro grupo e de R$ 18.900 para o segundo.
Conforme o texto, os pagamentos aos servidores para diminuir a fila de processos em atraso não serão incorporados à remuneração ou à aposentadoria e não sofrerão descontos previdenciários, além de não servirem de base de cálculo para benefícios ou vantagens.
No substitutivo, foi inserida a criação de um comitê de acompanhamento do programa, que será composto por um representante da carreira de perícia médica federal e por representantes dos Ministérios da Previdência Social (coordenador do comitê) e de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, da Casa Civil e do próprio INSS.
O programa terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado uma única vez, com data limite de 31 de dezembro de 2026.
Com informações da Agência Câmara
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